Atemporalidade e Machado de Assis
- O Blog do Clube

- 11 de mai. de 2021
- 1 min de leitura
Atualizado: 29 de mar. de 2022
Uma das questões mais discutidas quando colocam na mesa as obras de Joaquim Maria Machado de Assis, ou Machado de Assis, é se Capitu traiu ou não traiu Bentinho, com base nos fatos narrados por Bento durante todo o livro.
Muitos são da opinião de que isso não ocorreu, tendo em vista que Bento se mostra em diversas ocasiões sendo descontrolado e possessivo em relação à Maria Capitolina, por quem alega nutrir sentimentos.
Isso soa familiar? Mesmo se tratando de uma obra de ficção, o contexto não deixa de ser extremamente real. Quantas situações parecidas com essa vemos nos noticiários quase que diariamente? Muitas vezes esse sentimento de posse leva aos casos de feminicídio relatados nas mídias sociais.
Esse crime de ódio tem só aumentado, tanto pela falta de ensino da igualdade nas escolas, políticas sociais justas e consequenciais reais para os agressores. Agora, junte tudo isso com o cenário da pandemia e veja que, segundo o site Agência do Brasil, ''na primeira atualização de um relatório produzido a pedido do Banco Mundial, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) destaca que os casos de feminicídio cresceram 22,2%,entre março e abril deste ano, em 12 estados do país''.
Quantas ''Capitolinas'' devem sofrer para que possamos evoluir mais rapidamente e finalmente entender que todos merecemos respeito e uma vida digna de ser vivida?





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