A capacidade de George Orwell de prever o futuro
- O Blog do Clube
- 8 de nov. de 2021
- 1 min de leitura
Atualizado: 29 de mar. de 2022
Durante a leitura de "1984" não pude deixar de pensar que estava lendo sobre a realidade de 2021 (e até de alguns anos atrás) e por isso resolvi compartilhar minha enxurrada de pensamentos e conexões que fiz durante essa leitura.
O livro retrata sobre uma sociedade onde as pessoas são vigiadas, suas casas contêm televisores por onde o governo os vigia e vigia seus passos. Qualquer linha "fora da curva" é automaticamente notada. A arte imita a vida ou a vida imita a arte? Vivemos em um mundo onde estamos sendo vigiados 24/7. Se estamos conectados com a internet, o Google sabe nossa localização e o que estamos fazendo em todos os momentos.
A "cultura do cancelamento" também foi pincelado na obra e me chamou atenção. Podemos ser, a qualquer momento, apagados dos registros ou simplesmente esquecidos automaticamente após um erro cometido. Somos esquecidos e "trocados" com tamanha facilidade que me faz pensar também sobre a teoria da Modernidade Líquida de Zygmunt Bauman; ela fala sobre como as relações humanas hoje em dia são frágeis, fugazes e maleáveis, sobre como tudo é substituível, apagável. As relações amorosas são feitas e desfeitas apenas com um clique na tela. A que ponto nos importamos realmente se tudo se resolve com um clique, um "block" e uma mensagem visualizada e não respondida?. Estamos conectados ou ainda mais afastados pelas tecnologias?

Achei a leitura desse livro bem chata mas o assunto me interessou bastante justamente por se parecer tanto com a realidade que vivemos