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Como andam suas expectativas?

Atualizado: 29 de mar. de 2022

Lendo o livro Madame Bovary, de Gustave Flaubert, me senti imersa no século XIX e também na angústia da personagem Emma.

A trama gira em torno da vida pré e pós casamento de Emma com o médico Charles Bovary, contando com toques de adultério, infelicidade e consumismo em seu enredo. E ao longo da leitura senti a decadência da personagem, que se afogou nas próprias expectativas sobre a vida, o amor e o casamento. E refletindo sobre tudo isso, comecei a pensar sobre como estamos medindo e lidando com as nossas expectativas sobre as diversas áreas da nossa vida.

Algo que não é novidade, é que devemos dosar nossas expectativas, pois geralmente essa narrativa não acaba sendo muito feliz. Coisas que não estão no nosso controle acontecem e nos sentimos acabados e desejando que a vida tivesse tomado outro rumo. Mas geralmente as coisas são como são, acontecem como devem acontecer indiferente da nossa imensa vontade. Tudo isso parece óbvio, mas quantas vezes ao longo da minha vida me peguei esbravejando contra tudo, todos e agindo como uma tola pois algo que queria não se tornou realidade. A encomenda da Amazon que fiquei dias na janela esperando não chegou, meu ônibus atrasou e quase cheguei depois do horário no trabalho.

Frustrações, tristezas e situações que nos pegam de surpresa são coisas da vida, quem diz que não as têm, não sente e também não vive. Devemos desenvolver o autoconhecimento e saber até que ponto nossas expectativas correspondem à realidade. Como disse Zygmunt Bauman: "A única coisa que podemos ter certeza é a incerteza".

Como bônus deixo aqui a capa do filme homônimo interpretado por Mia Wasikowska, inclusive disponível no YouTube.



expectativas-madame-bovary


 
 
 

1 comentário


Jaime Collier Coeli
Jaime Collier Coeli
07 de jan. de 2022

Tudo sempre existiu e tudo sempre coexistiu: a louca ideia da bondade nativa do ser humano não é nem mais nem menos louca que a ideia da maldade original depois do pecado idem expresso na "pornografia" de Gustave que, afinal, defendeu a honra da sociedade a que pertencia, dizendo, perante o tribunal, que Emma era ele mesmo. Um verdadeiro cavalheiro,

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